O Caminho da Geira é a cena do documentário, realizado por Pedro Gil Vasconcelos, que já passou em 16 festivais na Europa, América e Ásia.
Fonte: https://www.oturismo.pt/turismo-religioso/47862-caminho-da-geira-e-o-cenario-do-filme-exibido-em-16-festivais.html
“O Meu Caminho” é o nome do documentário que tem como tela o Caminho da Geira e dos Arrieiros. Foi filmado há dois anos e bem recebido pelo público “tem sido muito boa e a opinião generalizada é de que as paisagens são belíssimas”, afirmou o realizador que já conta no seu acervo seis prémios, três menções honrosas e já foi escolhido para seis selecções oficiais e uma vez semifinalista.
Pedro Gil Vasconcelos, natural do Porto, avançou que “não previa os resultados que o documentário despertou, conquanto «tivesse consciência de ter um produto interessante e capaz de despertar interesse”.
“O Meu Caminho” foi produzido pela Completa Mente, que contou a edição de Marcos Nunes (Cia Films) e com o apoio de Jorge Medreiros (VideoContacto).
O filme esteve na mente do realizador durante o tempo suficiente, até chegar o momento da sua realização. Recordou que “Tinha planeado um documentário sobre o Caminho de Santiago, mas não estava a conseguir reunir as condições para o produzir”.
Adriano Carneiro foi o companheiro da viagem e o protagonista do filme, segundo o realizador.
Licenciado em cinema e audiovisuais, pela Escola Superior Artística do Porto, Pedro Gil Vasconcelos explicou que “Em 2021 decidi retomar o projeto e redimensioná-lo, adaptá-lo a novas formas de produção. A evolução que os telemóveis trouxeram permitiu-me abordar o filme numa perspetiva atual, de baixo impacto e com custos extremamente controlados”.
O filme arcou um orçamento limitado e, nesse sentido, o realizador optou por um baixo impacto de emissões de carbono na sua produção. O uso de transportes públicos e todo o processo de rodagem foi a pé, num acto de redução de pegada ecológica. Quanto ao resto, a escrita e a imaginação fizeram o resto.
Com efeito, o realizador do filme compreendeu que este caminho deve ser valorizado, de modo a evitar a sua massificação. Evidenciando a sua preocupação, sobretudo, para o aspecto da presença de peregrinos em massa, que pode levar a um risco de destruição do Parque Nacional da Peneda Gerês.
Em 2022, o Caminho da Geira e dos Arrieiros foi percorrido por menos de três peregrinos por dia e, em média, por um total de três mil nos últimos seis anos.
Relembra-se que o Caminho da Geira e dos Arrieiros começa na Sé de Braga e ao longo de 240 quilómetros atravessa Amares, Terras de Bouro e Melgaço, entrando na Galiza pela Portela do Homem.
O percurso é um abrigo de patrimónios únicos no mundo, como o caso da Geira Romana, a via mais bem conservado do mundo e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés.
Além disso, o seu percurso é um dos poucos cinco que liga directamente à Catedral de Santiago de Compostela.